Projetos/Salvamento De Posts/Posts/Arquivo/Jan-Jun 2019
Nesta postagem pretende-se expor o rumo do gênero Literatura de Cordel pela Paraíba, desde a tua origem até a web. A pesquisa começa apresentando as origens do cordel que remetem à Europa na Idade Média. Apresenta tua chegada ao Brasil trazida pelos portugueses e sua identificação e preservação no Nordeste brasileiro.
Logo após é feita uma conexão entre cordel e mídia. E se chega ao ciberespaço, em especial a web, e sua interação com o gênero. A procura é embasada por bibliografias retiradas de livros e de portais renomados da web. E são divulgados questionamentos que promovem o aprofundamento das discussões numa temática muito pouco explorada por pesquisadores no Brasil e no mundo, como são as modificações de suportes da Literatura de Cordel.
Em meados do século XII na Europa Feudal, vivendo perante o regime de suserania e vassalagem, o vassalo era aprisionado à terra e só podia sair dela por motivo de luta ou peregrinação religiosa. E é no caminho as terras santas que surge a poesia popular oral. Para Luyten (1985) foi nos vilarejos próximos a Jerusalém, Roma e Santiago de Compostella que narrando a peregrinação, surgiram os primeiros poetas conhecidos.
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Mais conhecidos como trovadores, os poetas e suas rimas se espalharam na Europa. Para Pinheiro (2001), no Brasil, o cordel aparece como sinônimo de poesia popular em verso, e retrata, de início, histórias habituais, histórias antigas, que a memória do povo foi resguardando e transmitindo. Como foi citado no episódio anterior, o nome “literatura de cordel” vem de Portugal, pelo episódio de serem folhetos presos por um menor cordel ou barbante, em apresentação nas casas em que eram comercializados. Da década de noventa até os dias atuais, a expressão “literatura de cordel” é retomada com ênfase porque a mesma, sempre que literatura, adentrou nas universidades e tornou-se referência de pesquisa acadêmica no Brasil.
Para Lira (2004), a Paraíba é o berço da literatura de cordel no Brasil. Foi nas terras paraibanas, em 1865, que nasceu o primeiro cordelista brasileiro, o pombalense Leandro Gomes de Barros. Aos quinze anos, Leandro Gomes de Barros vai residir em Vitória de Santo Antão – Pernambuco. Lá nasceu o autor do Cordel “Viagem a São Saruê”, Manuel Camilo dos Santos, poeta e editor de renome nacional. Atualmente o Estado da Paraíba tem dois grandes centros de cordelistas que são as cidades de Campina Grande e Patos. O rádio, a televisão, a publicidade e imediatamente a web, são os principais carros midiáticos por qual percorre a Literatura de Cordel pela Paraíba.
Ela soube se propagar como representante da cultura paraibana e a mídia percebeu que essa literatura poderia servir de aparelho tal para publicar a cultura popular da Paraíba como para anunciar com mais eficiência, por causa linguagem acessível do gênero. Primeiro vieram os programas de rádio que misturam a cantoria de viola e divulgam cordéis, entrevistam poetas, perguntam sobre o assunto as novidades. Nesse tema, percebe-se que os suportes citados não têm projetos fixos que perdurem por bastante tempo especializados pela Literatura de Cordel.
Assim, surge a web e se instala como o único suporte que tem meios capazes de priorizar a literatura de cordel como objeto e essência de modo continuada pela mídia. Segundo Dramac (2006), o cordel propagado pela internet é o ciber-cordel. E na Paraíba localizam-se exemplos concretos desta experiência de combinação entre o cordel e web como os websites “Cordel Online” e “Cordel Campina”.